Carregava as marcas de uma transformação profana na nuca, as três garras. Marcas de unha que não saiam da pele. Conhecia isso, mas qual seria o motivo dele? Vingança? Impulso? Proteção? Dificilmente era proteção. Alguns não se lembravam depois. Este pelo jeito se lembrava. Tinha os olhos famintos atraindo a escuridão, neles um brilho de lucidez. Consciência cultivada. Teria sido antes ou depois da transmutação? Teria sido capaz de transmutar mais de uma vez? Parecia apropriada a indagação, como se emanasse da presença dele. Melhor não perguntar. Melhor tornar este encontro breve e cotidiano.

Caralho.

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