Planeta Alex 🪐

🪶 escrevo sobre

Como escrever sobre aquilo que não tenho coragem de pensar?

Gostaria de deixar pra lá, mas preciso encarar essas coisas em um futuro próximo. Há uma beleza em cada maneira de como a luz produz uma sombra. Apesar de tudo, está tudo bem. Abaixo e pra onde tudo está caindo, há um oceano de tranquilidade. Chegaremos lá em breve, por mais que possa parecer sem sentido, confuso e demorado. Surgiu no universo este momento. Sincronizado. O que é esta inquietação senão uma temporariedade?

Se anata, tudo existe em paz. Nada é inadequado. Não tenho mais forças para viver a vida cotidiana e nem para encerrar a vida antes do tempo. Estive pensando sobre o trolley problem. Qual seria minha solução, e percebi que escolheria a que ninguém estivesse olhando. A que eu precisasse me explicar menos. Ou melhor, a que não pedisse explicação. A mais silenciosa.

Precisava conversar com alguém.

Neste quarto bagunçado, me pergunto como ele vivia aqui. Há desenhos por toda parte. Objetos espalhados. Acho que ele não parava quieto. Não entendo. Se ele é um artista, está na profissão errada. Não o que questionar aqui. Há uma tarefa, código e entrega. Simples e direto. Não sei o que ele estava tentando fazer, ou onde estava tentando chegar com esses objetos: livros, rabiscos, rascunhos, pinturas, letras de música... Agora eu venho aqui e pra falar a verdade, me irrita. Não tenho tempo de arrumar essa bagunça toda. Qual era o problema desse cara? Preciso ser eficiente. Acho que não vai dar tempo de fazer todos os itens, mas vamos manter a bola rolando.

Requisito Saida Código Testar saída Repetir.

E depois do horário descansar. O que é que foi tão complicado assim na cabeça dele?

Oh, espera... Aqui nos encontramos e nos despedimos. Um sai, termina o turno. Outro entra, começa o turno. Alguém tem que trabalhar... Um de nós. Eu. E dai se não der tempo? Não faço a menor ideia do que você quer com sentido. Isso é trabalho. É... código... o que é que é difícil de entender? Olha essa bagunça... Hey? Bom. Já foi embora. Vamos lá. Primeira tarefa...

Carregava as marcas de uma transformação profana na nuca, as três garras. Marcas de unha que não saiam da pele. Conhecia isso, mas qual seria o motivo dele? Vingança? Impulso? Proteção? Dificilmente era proteção. Alguns não se lembravam depois. Este pelo jeito se lembrava. Tinha os olhos famintos atraindo a escuridão, neles um brilho de lucidez. Consciência cultivada. Teria sido antes ou depois da transmutação? Teria sido capaz de transmutar mais de uma vez? Parecia apropriada a indagação, como se emanasse da presença dele. Melhor não perguntar. Melhor tornar este encontro breve e cotidiano.

  • Alencar.

Caralho.

Lembrar que não há nada a ser feito. Observar o céu. Os pássaros. O coração. Se eles não estão com pressa, eu também não.

Até mesmo dormir é um ato de performance. Estou exausto e ainda assim preciso fazer isso direito. Estou exausto e preciso agir como “O Exausto”, senão é uma traição. – você disse que estava exausto mas foi dormir tarde? Diz que está exausto mas está combinando de sair? Está exausto, mas não dorme direito…

É. Foi por aí que comecei a aprender que o melhor a se fazer é não falar de si. Só por boa prática. Quando contrariado sobre o que se diz estar ou ser, há uma origem, um objetivo. E este é o de sempre voltar a performar.

Quem não dá mais conta de performar se torna duas vezes mais cobrado de expectativas: – a de performar aquilo que não dá mais conta (ela permanece) – a de fazer por onde pra voltar a funcionar. Não se pode nem mesmo estar fazendo algo apenas por fazer… Se não dá mais conta de performar, você tem que descansar. E descansar direito. Precisa performar um bom descanso. Senão… é claro que é culpa sua, você não se importa com performar. Porque senão, estaria descansado direito.

Quando o outro diz: “você sabe que”… Até mesmo isso. Até mesmo ao ser acolhido, se é acolhido pela performance. Se queixar de uma dor, pedir ajuda, e respondido com um terceiro pedido de performance ainda: o de não se esquecer, nunca, que por não ter performado o descanso é que não está performando o trabalho, e estar doendo, é por não ter performando o descanso…

Então quando sofreres o esmagador aperto da ansiedade e da crise de sentido, lembre-se: está desse jeito por que quer assim

Ser pragmático tem suas vantagens. Ao notar um sentimento que incomoda podemos nos perguntar: Isto ajuda ou atrapalha? E decidir se seremos pautados por ele ou não. A pressa as vezes ajuda. As vezes a pressa só atrasa.

Precisamos de uma dieta digital. Ou dieta de informação. Ou dieta cognitiva. Não da pra “sair do computador” mais. Não serve mais a ideia de que “ficar na frente da tela o tempo todo faz mal”. Não... Foda-se isso.

O que podemos fazer é criar um ambiente, primeiro para nós, que minimamente diminua a IMUNDICE digital. Uma hora eu volto aqui pra lançar um post sobre o que eu quero dizer com a IMUNDICE. Porque agora eu meio que sei o que é... Mas eu vou primeiro ir viver digital e encontrar de frente com membros dessa gangue. Ai eu vou saber o que é.

Que foi? Achou que eu ia ficar fritando aqui, analisando, pensando, repensando, logicando pra elaborar o que eu quero dizer com o termo? Pra ser mais exato pra você? Bom... Uma pena.

A boa notícia? Você também não deve isso a mim, nem a ninguém. Pense nisso. Reflita. Quantas vezes você se pegou apressado por uma pressa que não era sua? Hein trutão? Hein?

Onde foram parar os videocassetes, os discos, as fitas, as cameras, os diários, os jornais e as enciclopédias?

Um jéca tava reclamando de algum botão da cor que ele não concorda, mais pra esquerda do que ele acha que deveria... Ai eu gentilmente respondi.

Mas acabou a gentileza.


That's true! Thanks for the clarification! ❤️ It's an application of the same principle I spot everywhere on Things 3, it's literally everywhere. It's all about intentionality. The app value is that it outsources the cognitive cost of intentionality, it can be put. It manages this for you as the user. Things wants to make sure that every interaction is intentional. It deliberately creates friction between different actions, priming/guiding the user to do one thing at a time. For instance, do this exercise: In the quick entry, create a task to the inbox. Count each action and pay attention to the buttons you need to press. Notice how it's very fast and direct: Ctrl+Space –> typing –> Enter

Then, open quick entry, but this time, set when, project, tags, deadline, due date (everything...)

Notice that all the possible ways to set each of these you are being explicit and doing one at a time. If you use the mouse, you have to click the tag icon, select the tag, and the coolest thing is: when clicking the desired tag, the focus goes to the tag list! So you have one deliberate action to start setting tags and one deliberate action to finish editing. It's very subtle, but it's there! (Like everything on Things)

You can go the keyboard shortcut route. The same principle applies.

One other example that will help illustrate this very well, is how you set the project of a task. If you look closely, there's no such thing as setting the project of a task. The action is called MOVE. Things is opinionated, and show it here. If the action is MOVE, it means the design expects the task to be created somewhere and then moved somewhere else. What it means in the very practice is that if you go GTD, it's seamless, since GTD mirrors the act of doing one thing and one thing only (e.g: the 5 steps).

That's the beauty and the ugliness of Things 3. Personally, for me, Things 3 is terrible. It's cumbersome and brittle, because my mind currently fits in the “Interest-driven nervous system”, rather than the most common “Importance-driven nervous system”.

Things 3 is amazing. I actually just paid attention to these intricate details because the methodology and the app itself frustrated me. All traditional task manager apps frustrate me. Things 3 stands out because it frustrates me clearly and intelligently.

sentiu vergonha de escrever alguma coisa hoje. Neste dia que começou mal dormido, esquerda ou direita, nada parecia ser apropriado. Descanso ou esforço, estaria errado. Ou traia a sí mesmo ou arriscava mais um passo em direção a demissão por queda de performance. Hoje mentiu mas fez isso por si mesmo e se sentiu bem. Podia contar com si mesmo. A tarefa nunca ficava pronta. Há alguns anos era assim. Ia empurrando com a barriga. E era doloroso.

Pode ser que só precisava aceitar que há somente o surgir e o desfazer? E seu sofrimento era o apego a ilusão de manifestar um programador cheio de energia, foco e dedicado? Pronto para entregar a tarefa e sentir aquela pulsação de adrenalina. Cortisol. Café. Stress.

Fazem 10 ou 15 anos que o dia termina incompleto. Não faz ideia do que é sentir aquela coisa de “Hoje já encerrei o trabalho”. Há sempre uma ponta solta. Uma ponta do tamanho de um guindaste. Guindaste grande.

Sentiu as pneumáticas rangerem. Apesar da eletricidade estar chegando, recebendo... O esforço que fazia era triste. Se levantou quantas vezes igual Bigmac contra Kimbo Slice? Pra ir a nocaute outra vez. E levantar pior.


A lamina corta a noite Seu fio, o mais afiado Encontra com o roxo em sua casa velha O roxo o acolhe. É como uma gota de chuva retornando para... Retornando para onde pertence. Na vida adulta Robespiere se apaixona As relações com o tempo se perdem O contato Guardou este segredo só para si Não havia porquê compartilhar Morreu de velho sem memórias

Não era o xixi. Nem o sol. Nem molhar. Nem proteger da chuva. Nem estavam mortos.

Era a estação.